Distanciamento afetivo. Cenas e cenários da arte contemporânea
Resumo
Em outro sentido, como forma de mostrar a urgência do distanciamento afetivo, a peça performática Pandemonium, la tregua del caos, da jovem artista Michelle Solano, que consolida seu trabalho como representante das pessoas que têm como bagagem cultural as ruínas de um estado submetido às leis do narcotráfico e à violência sistêmica, e a quem é oferecido um luto poético compassivo, com o qual um concerto é composto à maneira política da compositora de canções de protesto, Judith Reyes, nascida em Tamaulipas, em um esforço para fazer do palco um espaço onde uma mensagem é transmitida e os sentimentos e problemas do público são coletados. O objetivo deste artigo é levantar o problema do drama aristotélico, cuja tradição foi estendida ao fenômeno da representação política e sua consequente dominação sobre os afetos. Ao contrário, o teatro que apela para a tradição da communitas exige o exercício do distanciamento afetivo a fim de incentivar a participação crítica entre os espectadores e o ator. Duas práticas cênicas são apresentadas para demonstrar essa distinção, e a reflexão é colocada no contexto político recente, mostrando as consequências negativas dos mecanismos de representação e sua manipulação afetiva da modernidade capitalista na América Latina. Por um lado, a crítica à encenação da peça Tártaro. Réquiem de cuerpo presente por el niño que aprendió a matar, do jovem autor mexicano Sergio López Vigueras, como representante desse teatro enraizado em sua tradição hegemônica, que, segundo Brecht, embora esteja circunscrito a um fenômeno social válido em uma época passada, torna-se, no entanto, no presente, um obstáculo à função social das artes representativas, que se apropriaram da afetividade do público para sua manipulação midiática.
Downloads
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
Referências
Angenot, M. (2010). El discurso social. Los límites históricos de lo pensable y lo decible. Siglo XXI.
Aristegui Noticias. (2023). Noticias del 22 de febrero de 2023 [Video].
Brecht, B. (2004). Escritos sobre teatro. Alba.
Campo, A. (2004). Teatralidades de la memoria. Rituales de reconciliación en el Chile de la transición. Mosquito comunicaciones.
Carnevali, D. (2017). Forma dramática y representación del mundo en el teatro europeo contemporáneo. Paso de Gato / Institut del Teatre de la Diputación de Barcelona.
Dupont, F. (2017). Aristóteles ou o vampiro do teatro ocidental. Cultura e Barbárie.
Echeverría, B. (2011). Crítica de la modernidad capitalista. Vicepresidencia del Estado Plurinacional de Bolivia / OXFAM.
Gabriel, M. (2016). Por qué no existe el mundo. Océano.
García, L.I. (2011). Políticas de la memoria y de la imagen. Ensayos sobre una actualidad político-cultural. Universidad de Chile.
Grave Tirado, C. (2017). Nietzsche: drama y filosofía. Valenciana, 19, 255-227.
Grave Tirado, C. (2018). Nietzsche. Crítica de la voluntad de verdad. Facultad de Filosofía y Letras, UNAM, Dirección General de Asuntos del Personal Académico, Ediciones Monosílabo.
Guillén, B. (2022, 20 de octubre). Las fosas clandestinas más grandes de América Latina llegan a La Haya. El País. https://acortar.link/lQqqOR
Halbwachs, M. (2004). Los marcos sociales de la memoria. Anthropos / Universidad de la Concepción.
Han, B. (2022). Infocracia. La digitalización y la crisis de la democracia. Taurus / Penguin Random House.
Lara, A. (2013). El giro afectivo. Athenea digital, 13(3), 101-119.
Levi, P. (2000). Los hundidos y los salvados. Personalia.
Lowe, D.M. (1986). Historia de la percepción burguesa. Fondo de Cultura Económica.
Mies, M. (2019). Patriarcado y acumulación a escala mundial. Traficante de sueños.
Reyes, J. (2021). La posición política de Judith Reyes. Alas para un canto libre. Tributo a Judith Reyes [Album]. Ediciones Pentagrama.
Ricoeur, P. (2008). Ideología y utopía. Gedisa.
Rivas, L. E. P. (2020). Las malas palabras de la pedagogía de lo cotidiano. Publicar al Sur.
Solana, M. (2017). Relatos sobre el surgimiento del giro afectivo y el nuevo materialismo: ¿está agotado el giro lingüístico? Cuadernos de filosofía, 69, 87-103.
UNAM. (2021). La necesidad de una pausa. Ensayos sobre el estado actual de las artes escénicas y la música en México. Cultura UNAM.
Copyright (c) 2023 Arturo Díaz Sandoval
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.