A colonização do conhecimento e a crítica ao eurocentrismo nas ciências sociais a partir da produção teórica brasileira
Resumo
O controle das ciências, do saber e da difusão intelectual desempenha papel fundamental junto à dominação econômica imperialista, apreendendo uma intersubjetividade no processo de dominação que se desenvolve no meio acadêmico através da fragmentação do saber e do abandono da perspectiva histórico-dialética. Sobre o tema, traçamos um diálogo com o economista brasileiro Nildo Ouriques, que indica a raiz do problema do desenvolvimento eurocentrista da teoria social no Brasil: a abolição da “reflexão programática sobre o subdesenvolvimento e a dependência”, estabelecendo-se o desencontro entre a produção universitária e a realidade nacional. São teses difundidas pela teoria marxista da dependência e, contemporaneamente, pelos autores decoloniais, perspectivas que insistem no potencial revolucionário indoamericano e na recusa do eurocentrismo dominante no âmbito do saber/poder. Por fim, trazemos ao debate as contribuições do movimento “giro decolonial” e a necessidade do pensamento latino-americano avançar na luta pelo progresso intelectual de massas, das classes subalternas.
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