Cultura de prevenção em segurança e saúde ocupacional: revisão crítica de abordagens, modelos e desafios em ambientes laborais de alto risco

  • Sally Madelaine Garófalo Calderón Universidad Católica de Cuenca | Cuenca | Ecuador
  • Rodolfo Moises Espinosa-Tigre Universidad Católica de Cuenca | Cuenca | Ecuador
Palavras-chave: prevenção; segurança; saúde; risco; ambiente de trabalho

Resumo

A cultura de prevenção em segurança e saúde ocupacional (SSO) é reconhecida como um pilar fundamental para a gestão de riscos, especialmente em setores de alto risco como mineração, construção, energia e manufatura pesada. Apesar dos avanços na tecnologia e regulamentação, as taxas de acidentalidade nestas indústrias seguem sendo uma preocupação global, o que evidencia as limitações das abordagens puramente técnicas ou normativas. Este artigo apresenta uma revisão crítica da literatura sobre a cultura de prevenção em SSO, adotando um enfoque qualitativo. Analisam-se a evolução do conceito, desde os modelos centrados no comportamento individual até as perspectivas sistêmicas e organizacionais. Examinam-se criticamente os modelos teóricos mais influentes, como os de maturidade cultural (ex.: a escada de Hudson) e o modelo de cultura justa, identificando seus pontos fortes e limitações práticas. Finalmente, discutem-se os desafios contemporâneos para a consolidação de uma cultura de prevenção em ambientes de alto risco, incluindo a pressão produtiva, a subcontratação, a normalização do desvio e o impacto dos riscos psicossociais. A análise conclui que uma cultura de prevenção robusta e sustentável requer uma liderança visivelmente comprometida, a participação ativa dos trabalhadores e um enfoque sistêmico que integre a segurança como um valor central e inegociável da organização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Referências

Camacho Vargas, M. Á., Carranco Madrid, S. D. P., Montecé Ochoa, S. K., & Fonseca Peralta, C. L. (2025). Análisis de los sistemas de gestión riesgo laborales en las empresas: Una revisión sistemática. RECIMUNDO - Revista Científica Mundo de la Investigación y el Conocimiento, 9(1), 765–782. https://doi.org/10.26820/recimundo/9.1.2025.765-782

Clarke, S. (2013). Safety leadership: A meta-analytic review of transformational and transactional leadership styles as antecedents of safety behaviours. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 86(1), 22–49. https://doi.org/10.1111/j.2044-8325.2012.02064.x

Cooper, M. D. (2000). Towards a model of safety culture. Safety Science, 36(2), 111–136. https://doi.org/10.1016/S0925-7535(00)00035-7

Fernández-Muñiz, B., Montes-Peón, J. M., & Vázquez-Ordás, C. J. (2007). Safety culture: Analysis of the causal relationships between its key dimensions. Journal of Safety Research, 38(6), 627–641. https://doi.org/10.1016/j.jsr.2007.09.001

Geller, E. S. (2016). The psychology of safety handbook. CRC Press.

Hudson, P. (2001). Safety culture – the road to maturity. Proceedings of the First National Conference on Occupational Health and Safety Management Systems.

Hudson, P. (2007). Implementing a safety culture in a major multinational. Safety Science, 45(6), 697–722. https://doi.org/10.1016/j.ssci.2007.04.005

International Organization for Standardization. (2018). ISO 45001:2018 Occupational health and safety management systems — Requirements with guidance for use.

International Labour Organization. (2022). Actuar juntos para construir una cultura positiva de SST. https://n9.cl/l65069

International Labour Organization. (2023). World day for safety and health at work report 2023. https://n9.cl/w9oq3

Lozada López, D. J. (2024). Análisis comparativo de la seguridad laboral en el sector de la construcción civil: Una revisión sistemática con enfoque en Ecuador. Sapiens Evolución Científica, 2(1), 1–14. https://doi.org/10.59367/sec.v2i1.34

Quezada, A. (2020). La gestión de riesgos desde la psicología social. En M. González, (ed.). Psicología y vulnerabilidad (pp. 201–216). Editorial Universitaria. https://doi.org/10.21892/9789588557755.9

Reason, J. (1997). Managing the risks of organizational accidents. Ashgate.

Salvá, A., Álvarez Pérez, A., Sosa Lorenzo, I., De Vos, P., Bonet Gorbea, M. H., & Van der Stuyft, P. (2010). Inventario del clima organizacional como una herramienta necesaria para evaluar la calidad del trabajo. Revista Cubana de Higiene y Epidemiología, 48(2), 177–196.

Wu, T.-C., Chen, C.-H., & Li, C.-C. (2008). Correlation between safety leadership, safety climate and safety performance. Journal of Loss Prevention in the Process Industries, 21(3), 307–318. https://doi.org/10.1016/j.jlp.2007.11.001

Zohar, D., & Polachek, T. (2014). Discourse-based intervention for modifying supervisory communication as a lever for safety climate and performance improvement: A randomized field study. Journal of Applied Psychology, 99(1), 113–124. https://doi.org/10.1037/a0034096

Publicado
2025-09-26
Como Citar
Garófalo Calderón, S. M., & Espinosa-Tigre, R. M. (2025). Cultura de prevenção em segurança e saúde ocupacional: revisão crítica de abordagens, modelos e desafios em ambientes laborais de alto risco. Religación, 10(47), e2501551. https://doi.org/10.46652/rgn.v10i47.1551
Seção
Ciências da Saúde