Manuela García-Teruel Manso, uma senhora do século XIX sobre a cédula mexicana: gênero e formas simbólicas materializadas

Resumo

Analisar o contexto sociohistórico da imagem da Manuela García-Teruel Manso, nascida em Puebla, impressa em cédulas mexicanas no final do século XIX, a partir de uma perspectiva hermenêutica, da perspectiva de gênero e do conceito de forma cultural material. Ela retoma a proposta de análise hermenêutica de J.B. Thompson, que se subdivide em três categorias: análise sócio-histórica, análise formal e análise interpretativa, concentrando-se na primeira, que compreende: cenários espacio-temporais, campos de interação, instituições sociais, estrutura social e meios técnicos de transmissão. As cédulas podem ser vistas como uma forma cultural materializada, reiterando formas simbólicas internalizadas permeadas pela ideologia política, cultural, religiosa e, é claro, de gênero. As cédulas, portanto, reiteraram a imagem idealizada da mulher porfiria, na qual a idéia romântica de beleza e virtude é percebida na impressão, misturada com a estética romântica e modernista que trouxe consigo reiterações do mítico, do tecnológico e do nacional. Além do acima exposto, também podemos detectar o que poderia ser chamado, do ponto de vista atual, de violência simbólica devido à forma como a imagem foi incluída nas cédulas e à invisibilização histórica da personagem feminina.